Tecnologias vestíveis são aplicadas à área da saúde, mas carecem de validação com rigor científico
“A falta de avaliação robusta quanto à eficácia e à segurança pode ser uma forte barreira para a adoção de tecnologias vestíveis na prática clínica”, aponta pesquisadora
Seja você um esportista profissional ou um atleta de fim de semana, talvez você já tenha utilizado um smartwatch (os chamados relógios inteligentes) sincronizado a um celular para monitorar os seus batimentos cardíacos durante uma sessão de exercícios. De todas as tecnologias vestíveis, também chamadas de wearables, esse tipo de relógio é provavelmente a mais conhecida e utilizada — para conferir, basta observar as pessoas ao seu redor na pista de caminhada mais próxima. Mas, quando se trata desses eletrônicos, os relógios estão longe de ser a única opção disponível no mercado: existem pulseiras, colares, adesivos sensores, têxteis em geral e muitos outros dispositivos que podem ser utilizados para diversos fins.
“As tecnologias vestíveis compreendem equipamentos que vestem o corpo, dotados de sensores e emparelhados a dispositivos móveis, que podem, entre outras aplicações, monitorar o condicionamento físico e o ritmo cardíaco dos usuários (até alertandoos se eles estiverem sofrendo de fibrilação atrial), a saturação de oxigênio no sangue, a glicemia, o sono e a pressão arterial, além de promover a adesão aos medicamentos. Essas tecnologias permitem que os pacientes desempenhem papel de protagonismo na manutenção de sua própria saúde e podem, também, enviar informações aos profissionais da saúde em tempo real, com transmissão via internet.”
Quem apresenta essa definição, a partir da literatura acadêmica disponível, é a pesquisadora Lívia Luize Marengo, que defendeu em 2022, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Sorocaba (Uniso), sua tese de doutorado sobre o uso de tecnologias vestíveis na área da saúde. A tese fez parte da linha de pesquisa “Uso Racional de Medicamentos”, que inclui os chamados estudos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), cujo objetivo é verificar se novas tecnologias — entre elas, os wearables — são seguras e efetivas, além de economicamente viáveis para incorporação aos serviços de saúde.
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Texto: Guilherme Profeta
Imagem: MandriaPix – Adobe Stock
