4 de setembro de 2025
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Salas de Recursos: realidade ou utopia no atendimento ao aluno com deficiência intelectual?

Pesquisadora propõe que apesar dos recursos midiáticos, é necessário ir além deste trabalho com a tecnologia. Pois a criança ainda precisa manipular e confrontar seus conhecimentos de maneiras práticas e inovadoras

A escola, hoje em dia, atende a todos os estudantes sem distinção. O que pode haver, a depender das particularidades de cada aluno, é um trabalho suplementar no contraturno ao qual está matriculado. Este atendimento pode ser feito para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação — o chamado público-alvo da Educação Especial. Este trabalho, geralmente, ocorre nas Salas de Recursos — ou Salas de Recursos Multifuncionais — e na modalidade Itinerante, onde não há espaço físico.

Partindo da existência desses espaços nas escolas — o que segue a legislação nacional sobre o assunto — Lucy Mary Padilha Domingos defendeu sua dissertação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba (Uniso) considerando exatamente o questionamento existente no título desta matéria: será que a utilização dessas salas para atender aos alunos com deficiência intelectual é uma realidade ou uma utopia?

Estes espaços não se limitam ao atendimento de uma deficiência, podendo ser ambiente de atendimento para deficiência visual, auditiva, física, transtorno do espectro autista, altas habilidades ou superdotação. As salas tornam-se um proporcionador de procedimentos e mecanismos de apoio ao processo de ensino para o desenvolvimento da criança que delas necessite. “Como professora da Educação Especial durante anos, posso apresentar que o melhor meio para colaborar com o processo da criança é proporcionando a ela diferentes formas de aprender, alternando caminhos e criando estratégias que colaborem com seu aprendizado. Vale ressaltar que há crianças que aprendem melhor com imagens, outras precisam do apoio do concreto (barrinhas, brinquedos, objetos variados, material dourado, tampinhas etc.). O mais importante é variar nas propostas, pois as tentativas não podem se findar antes da aprendizagem acontecer — e, para isso, é preciso muita criatividade”, afirma Domingos.

Para ler a íntegra da reportagem, acesse: https://abrir.link/gEsVO

Texto: Édison Trombeta
Imagem: Fernando Rezende