Projeto de extensão da Uniso ganha 1º lugar no prêmio “SUS que dá certo”
A professora Amanda Vasques, do curso de Fonoaudiologia da Uniso, foi contemplada na 2ª Mostra de Experiências Culturais e Científicas da Secretaria de Saúde, promovida pela prefeitura de Sorocaba. Ela ficou em primeiro lugar no 2º Prêmio “O SUS que dá certo”, com o projeto de extensão “Lista de espera assistida na fonoaudiologia”. Essa iniciativa nasceu após a professora presenciar as queixas pelo aumento de procura por profissionais, nos estágios de fonoaudiologia supervisionados em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Vasques, junto ao professor Matheus Alpes, coautor e coordenador do curso fonoaudiologia, promove o projeto de extensão.
O objetivo do projeto é a diminuição da fila, com mais atendimentos para o público. Para o trabalho, uma equipe de três alunas da Universidade telefonava direto da central de referência da prefeitura de Sorocaba. As perguntas eram relacionadas às atuais queixas e se mantinham as queixas anteriores (quando entraram na fila de espera). Ao entrar em contato, a equipe se deparou com um número expressivo de aproximadamente mil pessoas que haviam desistido da fila, por variados motivos, como mudança de cidade, avanço do tratamento pelo setor privado, óbitos ou mesmo queixas que já haviam sido sanadas.
A Central de Regulamentação de Vagas Eletivas e Divisão de Avaliação e Controle (CREDAC) apresentou uma fila de quase cinco mil pessoas na espera, organizada mediante três aspectos: terapia para autistas, suspeita de autismo e demais terapias de fonoaudiologia. O projeto se iniciou com uma demanda de 2.500 pessoas e finalizou tendo 79 pessoas na espera pelo atendimento.
Enquanto o projeto prosseguia, a prefeitura também convocou algumas profissionais da área da fonoaudiologia, que também participaram ativamente do projeto. Isso contribuiu para a separação das principais demandas e, posteriormente, as profissionais puderam trabalhar de uma forma mais assertiva nas UBS, melhorando assim o fluxo de pacientes.
Alpes explica a importância da produção desde projeto: “Quando não temos manejos específicos nas listas de espera para possibilidade de atendimento, essas dificuldades acabam acontecendo”. Para Vasques, pessoas que possuem atraso de fala ou disfagia são exemplos de problemas que não podem esperar um ou dois anos para serem atendidos.
No início do mês de novembro, aconteceu no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) a mostra em que a professora Vaques submeteu seu trabalho na categoria “SUS que dá certo”: “Nós tínhamos um desejo muito grande de ser reconhecidos nesta mostra de saúde. Almejávamos uma menção honrosa, reconhecimento [pelo trabalho]”. Ela explica que, durante a cerimônia, primeiro foram entregues as menções honrosas. Ela e o professor Alpes estavam conformados com a ideia de que não seriam premiados, até a chegada do primeiro lugar. “Ficamos paralisados, mas, ao mesmo tempo, muito felizes em saber do reconhecimento da prefeitura”.
![](https://unisonoticias.uniso.br/wp-content/uploads/WhatsApp-Image-2024-11-01-at-13.31.11-1-1-768x1024.jpeg)
A implementação do projeto de extensão continuará, já que a demanda por atendimento prossegue, e a chegada do prêmio deu ainda mais força para outros projetos de extensão trazerem melhorias para a comunidade como: a triagem in loco para melhoramento dos grupos de atendimento e projetos para escolas, de modo a ajudar os professores a identificarem problemas. Estes trabalhos contribuirão para melhorar o fluxo de encaminhamento. Alpes acrescenta que a Clínica-Escola de Fonoaudiologia da Uniso também revisará a lista de espera para melhoramento de atendimentos e grupos de apoio.
Texto: Rebeca Tenório (estagiária de Jornalismo)
Supervisão: Mônica Cristina Ribeiro Gomes (Assecoms/Uniso)