Cursos de Saúde realizam ações em favela
Em comemoração ao Mês da Favela, a Uniso e a Central Única das Favelas (CUFA) se uniram para promover um dia de saúde e bem-estar na favela Santa Rosa, na Zona Norte de Sorocaba. As atividades foram realizadas por aproximadamente 60 alunos dos cursos de Saúde, supervisionados por 8 professores.
O evento, que ocorreu no dia 13 de novembro, das 9h às 13h, atendeu aproximadamente 700 pessoas, entre crianças e adultos da comunidade, além de contar com a ação voluntária do médico Kleiber Vasconcelos, que fez uma média de 150 atendimentos à população local.
Os estudantes de Biomedicina realizaram práticas de auriculoterapia (técnica de acupuntura), enquanto os alunos de Odontologia entregaram kits de higiene bucal, além de orientar sobre a importância da higiene bucal e como realizá-la corretamente. Também houve orientações para a saúde vocal e os cuidados com a higienização das orelhas, realizadas pelos alunos de Fonoaudiologia. Os estudantes de Psicologia prestaram atendimento às pessoas com quadros de ansiedade e depressão, além de desenvolver práticas de crochê.
Os alunos de Farmácia ensinaram o uso e descarte correto de medicamentos, divulgando também o atendimento gratuito da Farmácia Comunitária Vital Brasil, mantida de uma parceria entre a Uniso e a PUC/SP. O curso de Nutrição trouxe informações sobre o cuidado com a alimentação, peso e altura das crianças, com a parceria do médico Kleiber. A ação também teve orientação sobre a saúde dos animais de estimação, com os alunos de Medicina Veterinária.
“Esse tipo de ação é muito importante para os nossos alunos. Insere-os num ambiente de muita vulnerabilidade, de pessoas que precisam de acesso à saúde e educação”, comenta o Coordenador de Biomedicina, professor Eric Barioni.
A presidente da CUFA Sorocaba, Drika Martim, em agradecimento aos alunos e professores da Uniso, ressalta a humanização no atendimento aos moradores da favela. “Eu agradeço, do fundo do meu coração, tudo o que vocês desenvolveram aqui. Vocês atenderam tanta gente que precisava ser vista, que precisava do cuidado de vocês. E podem ter certeza de que vocês não trouxeram apenas bem-estar, mas trouxeram dignidade para essa comunidade.”
Eric ainda ressalta que esse tipo de ação permite que os alunos possam exercer o que aprendem em sala de aula e sobre a importância do contato com a comunidade. “Isso traz aos nossos alunos uma realidade que muitas vezes está distante, resulta na humanização do atendimento, traz maior significado naquilo que eles aprendem em sala de aula. E eles podem exercer de fato o que aprendem na Universidade e entregar para a população em forma de extensão universitária”, diz o biomédico.
Terapia Ocupacional e o atendimento a refugiados haitianos
Os estudantes de Terapia Ocupacional realizaram atividades com jogos e desenhos para colorir, com crianças e adultos da comunidade local, além de prestarem auxílio a dois haitianos refugiados.
Durante as atividades, os alunos e professores se depararam com os haitianos, que estão há pouco tempo no Brasil e são moradores da favela Santa Rosa. A dupla tinha dificuldade em falar português, contudo, os alunos e professores se ampararam na internet através de sites de tradução e não mediram esforços para atendê-los.
A professora de Terapia Ocupacional, Soraya Diniz Rosa, escreveu uma carta para o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), explicando a situação dos refugiados e suas principais necessidades. Ela também os orientou sobre o CRAS mais próximo da comunidade, que vai poder ajudá-los efetivamente.
YASMIN MONTEIRO OLIVEIRA (AGÊNCIA FOCS / JORNALISMO UNISO)
Confira aqui a reportagem feita pela TV TEM sobre a ação na comunidade: https://cutt.ly/bTUs84T