23 de novembro de 2024
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“Desaguando Oceanos” é tema de exposição

Chegou à Uniso, na Biblioteca “Aluísio de Almeida”, na Cidade Universitária, a exposição de arte têxtil contemporânea denominada “Desaguando Oceanos”, com o lema “O onírico se faz presente. A cor azul prevalece”, da artista visual Regina Helene.
Realizada anteriormente em São Paulo e Santos, a mostra apresenta obras aéreas com seres marinhos imagéticos, convidando os espectadores a nela mergulhar. O mar, predominantemente azulado, surge por meio de divindades, tanto na parede, no chão ou sobre aramados. “Eu utilizo fios e tecidos como base, além de objetos inusitados que reciclo, trazendo novas ressignificações”, apresenta Regina que trabalha com modelo de arte têxtil diferente e pouco utilizada no Brasil.
Ela explica que procura trabalhar com o mito, o mágico, o lírico e os arquétipos que representam as criaturas da imaginação, e que trazem ideias novas para os visitantes. “Os seres criados por Regina guardam suas próprias lendas, mitologias e mistérios que provém de um oceânico universo que a humanidade ameaça destruir”, conta o crítico e curador de arte Oscar D’Ambrósio.

Regina Helene: “Esse olhar para o oceano é importantíssimo porque a cada dia a gente verifica despejo de lixo a nível mundial. Esse lixo não só poluem os oceanos, como matam os peixes, as tartarugas e tudo mais. As algas que tem nesses oceanos trazem o oxigênio que tanto nós precisamos. A vida vem dos oceanos”. Foto: Arquivo pessoal.

A ideia da exposição surgiu a partir da definição da Organização das Nações Unidas (ONU) de que de 2021 a 2030 seria a “Década dos Oceanos”, com ações voltadas para a limpeza, segurança e sustentabilidade, que deveriam ser o foco das populações em todo o mundo. “Nós cuidamos muito das florestas e de tantas outras coisas, e deixamos de lado os oceanos. Eles são os pulmões da Terra. Sem oceano não há vida”, explica Regina.
Sobre os resultados esperados com a exposição, a artista afirma que pretende agregar valores, percepções e reflexões sobre a temática. De acordo com a artista, todo mal que fazemos para a natureza, fazemos a nós próprios. “É um trabalho de formiguinha que tem que ser expandido de microcosmos a macrocosmos. Eu faço um trabalho não tão radical como o de mostrar a poluição. Eu mexo com os mistérios e a magia dos oceanos”, declara a artista.

Texto: Rafael Filho (Agência Focs / Jornalismo Uniso)
Edição: Assessoria de Comunicação da Uniso

Serviço 
Exposição: Desaguando Oceanos
Local: Cidade Universitária / Biblioteca “Aluísio de Almeida” 

Horários (a partir de 16 de agosto)
Encerramento: 15 de setembro
De segunda a sexta, das 7h40 às 22h30
Aos sábados, das 9h às 13h