22 de novembro de 2024
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Comunidade acadêmica de luto presta homenagem a Ana Maria Gurgel  

A profa. Ana Maria ingressou como docente da FAFI, embrião da Uniso em 1979. Participou de todo o processo de criação da Uniso e atuou em várias funções administrativas. Foto: Pedro Negrão

A manhã de quinta-feira do dia 11 de maio de 2023 ficará marcada pela notícia do falecimento da professora Ana Maria Gurgel de Oliveira Gonzalez, colaboradora respeitada e que deixou importantes contribuições à Instituição, além de amigos e alunos que nutrem por ela grande respeito e admiração.
Para homenageá-la, foi realizada no início da tarde uma cerimônia ao ar livre, registrando o luto da comunidade acadêmica e elevando os pensamentos com gratidão pela convivência e pelo seu honroso trabalho à Uniso por mais de quarenta anos.
A homenagem foi acompanhada por funcionários, professores e amigos, e conduzida pelo Reitor, professor Rogério Augusto Profeta, que fez o descerramento de bandeira a meio-mastro em memória da professora Ana Maria Gurgel.
O discurso foi marcado por emoção e comoção, relembrando momentos e registrando merecido reconhecimento e elogios à professora e à pessoa da Ana, por ter marcado a vida de tantos à sua volta. De acordo com o Reitor, a professora era de uma extrema relevância, pois participou de boa parte da concepção da Universidade, além de incentivar as atividades na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI), embrião da Uniso, na qual lecionou a partir de 1979. “Se alguém me perguntar o sentido da palavra eternidade, eu direi que é Ana Maria Gurgel”, declarou Rogério Profeta.  

Dezenas de funcionários da Uniso compareceram à cerimônia de homenagem. Foto: Rafael Filho

O Reitor também elogiou a postura pessoal da professora, conhecida por ser muito calma, tranquila, além de não ser uma pessoa focada em posições elevadas e cargos, mas sim na preocupação de fazer o bem ao próximo. Citando a professora como uma referência na língua portuguesa, Profeta brincou dizendo que “ela tinha um saquinho de vírgulas e pontos e etc., e distribuía nas coisas que a gente tentava escrever na língua portuguesa. Ela era muito atenta aos detalhes, visando a um trabalho bem feito”.
“Não quero usar palavras no passado porque o que ela deixa não passa, não acaba. Uma obra é eterna”, afirma Profeta. Sobre a possibilidade do surgimento de novas “Anas Marias”, o Reitor da Uniso refletiu que as pessoas não são comparáveis, mas a competência delas pode ser, se referindo à professora, portanto, como uma fonte de inspiração para todos.
Para outros colegas que trabalharam com a professora Ana Maria não faltarão boas lembranças e referências. A bibliotecária-chefe, Vilma Franzoni, conta sobre o convívio na parte da documentação que Ana Maria precisava fazer na Biblioteca, sempre aproveitando para aconselhar os alunos para que melhorassem o texto, que fossem cuidadosos com as questões da escrita.
Vilma também detalha sobre a amizade que tinha com ela ao chamá-la de Ana Maria Braga, e a admiração pela tranquilidade que ela tinha principalmente para lidar com situações tensas. “Quando tínhamos que providenciar algum tipo de documento com relação à Biblioteca, para alunos ou documento institucional, consultávamos a professora Ana Maria para ela nos ajudar a melhorar a escrita. Isso será sempre lembrado com referência e gratidão. Estou muito abalada, foi muito difícil para nós”, finalizou.   

Rogério Profeta (à dir.): “Estamos aqui para cumprir nossos papéis, os nossos protocolos. Esse de hoje foi o pior protocolo que eu precisei cumprir dentro da Uniso”. Foto: Rafael Filho.

José Martins de Oliveira, Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação, também lamenta profundamente o falecimento da professora Ana Maria Gurgel, ressaltando a convivência acadêmica e pessoal. José Martins relatou ter conhecido a professora em 1995, quando chegou à Uniso, e que os laços se estreitaram quando Martins passou a integrar a Reitoria, em 2010.  
Ele acentua que a professora Ana Maria tinha muitas habilidades para relacionamentos e qualidades expressas com competência nas várias funções administrativas que exerceu.  Além dessas menções, José Martins fez questão de destacar o profundo conhecimento da língua portuguesa. “Qualquer texto que passasse pelas suas mãos não saía intacto. Foi uma excelente professora e, acima de tudo, um ser humano excepcional. Muito amada e respeitada por todos que tiveram o prazer de conviver com ela. Deixa muita saudade e muitos ensinamentos. Descanse em paz, professora Ana Maria”, concluiu o Pró-Reitor.

Texto e Fotos: João Aoki, com colaboração de Rafael Filho (Agência Focs – Jornalismo Uniso)