A Batalha da Grã-Bretanha: o céu podia esperar
Por: professor Walter Cruz Swensson Junior e o estudante Marcelo Augusto Paiva Pereira
Durante a Segunda Guerra Mundial, o avanço da Alemanha nazista iniciou com a invasão da Polônia e a divisão desta com a União Soviética. Em seguida, Hitler se voltou contra outros países com o propósito de conquistar a Europa.
Nesse caminho, o exército alemão conquistou a Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica e França, cujo governo capitulou aos 14 de junho de 1940, após aquele exército entrar em Paris. No percurso à capital francesa, a força aérea alemã foi designada para expulsar as tropas inglesas e aliadas (Retirada de Dunquerque), que se encontravam em solo francês para auxiliar a França a se defender das ameaças de invasão pelos alemães.
Após conquistá-la, Hitler decidiu invadir e conquistar a Inglaterra, que recusava qualquer negociação de paz. Conforme o Ministério da Guerra do Reino Unido da Grã-Bretanha, ele deflagrou a “Operação Leão Marinho” no período de 10 de julho a 31 de outubro de 1940, em que bombardeiros da Luftwaffe atacaram navios, comboios e portos ingleses.
Aos 13 de agosto Hitler deflagrou a “Operação Ataque da Águia”, em que a aviação alemã atingiu bases aéreas, indústrias e radares (estes a sudeste da Inglaterra). Durante as batalhas a aviação inglesa perdeu 260 (de 600) aeronaves, enquanto a alemã, mais de 600 (de 2.500). Os alemães tinham aeronaves com pouca capacidade de carga e estavam vulneráveis aos aviões ingleses.
Apesar das maiores perdas materiais pelos alemães, os ingleses perdiam em pilotos experientes e aviões de caça de vital importância à defesa da Grã-Bretanha. Aqueles pilotos lutaram em quatro frentes de batalha, das quais a mais temerária foi a do sudeste, que também defendia Londres: além de lutar contra os alemães, os pilotos ingleses também lutaram pelas próprias vidas e pela vida da população. Em reconhecimento, o Primeiro Ministro Winston Churchill declarou: “Nunca, no campo do conflito humano, tantos deveram tanto a tão poucos!”.
O bombardeio de Londres teve início supostamente acidental: durante o “Ataque da Águia”, a Luftwaffe bombardeou algumas áreas civis da capital inglesa; a Royal Air Force (RAF) revidou e bombardeou Berlim. Furioso, Hitler determinou que Londres fosse bombardeada, cujos ataques aéreos começaram aos 07 de setembro e duraram 57 noites.
Para proteger os aviões bombardeiros dos caças da RAF, a Luftwaffe também atacou durante à noite os polos industriais britânicos, cujos efeitos foram sentidos pela população civil, mas tiveram pouco efeito para (tentar) assegurar a hegemonia da aviação alemã contra a da Inglaterra. No início de setembro Hitler adiou a invasão para 21 daquele mês e, em outubro de 1940, declarou a suspensão durante o inverno. Os planos de invasão daquele país insular foram definitivamente arquivados após Hitler ter dado início à “Operação Barbarossa”, com a qual invadiu a União Soviética (a partir de 22 de junho de 1941).
Conclusivamente, a Batalha da Grã-Bretanha (codinome “Operação Leão Marinho”) foi um período em que ingleses e alemães se enfrentaram com equipamentos, numerários e tecnologias desiguais, com (supostas) vantagens aos alemães. Mas, em contrário às expectativas, a RAF venceu as batalhas aéreas num exercício de patriotismo supremo e fez Hitler desistir da Inglaterra e invadir a União Soviética. Por fim, o céu podia esperar.
Sobre os autores:

Professor Walter Cruz Swensson Junior possui graduação em História, e mestrado e doutorado em História Social. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República e História Contemporânea

Marcelo Augusto Paiva Pereira é arquiteto e urbanista e graduando de Licenciatura em História pela Uniso.
E-mail para contato: secondo.appendino@gmail.com
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