21 de novembro de 2024
Últimas NotíciasVida Universitária

Roda de conversa sobre livro que conta a história de Alexandre Vannucchi marca abertura da Semana de História na Uniso

O evento teve uma apresentação do autor da obra, o jornalista Camilo Vannuchi, e da historiadora Suellen Marcellino de Campos 

Por: João Torres (Agência Focs – Jornalismo Uniso)

Uma roda de conversa sobre o livro “Eu só disse o meu nome”, que conta a história de Alexandre Vannucchi, marcou a abertura da Semana de História na noite de segunda-feira (28), na Uniso. De pé ou sentados no chão, mais de 80 estudantes lotaram o anfiteatro da biblioteca “Aluísio de Almeida” para acompanhar a atividade sobre o jovem estudante sorocabano sequestrado e assassinado pela ditadura empresarial-militar em 17 de março de 1973.

Camilo, primo de segundo grau de Alexandre, contou um pouco da história de sua família, sua infância e como foram as descobertas e pesquisas para a produção do livro. “O Alexandre era um rapaz de cabelo encaracoladinho, não vestia gravata, não usava paletó, como naquela foto mais conhecida dele. Era alegre, sempre estava junto dos amigos”, apresentou o escritor. 

O jornalista Camilo Vannuchi e a historiadora Suellen Marcellino de Campo (Foto: Laís Rodrigues)

O autor também explicou como foi a escrita do livro publicado em abril deste ano pela editora Discurso Direto, “fiz um livro policial, como se fosse um thriller, um romance, fácil de ler. Eu queria falar sobre a ditadura não para quem sabe que foi ruim, eu queria falar para essas pessoas que acham que ela foi boa, que existia ordem e que só foi preso quem estava fazendo coisa errada”.

Alexandre Vannucchi foi preso em 15 de março de 1973 e torturado até a morte, dois dias depois, no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo. Na época, era estudante de geologia na Universidade de São Paulo (USP) e militava no movimento estudantil. Segundo Camilo, ele era uma base de apoio da Aliança Libertadora Nacional (ALN) na faculdade, “ele não era clandestino, não tinha codinome, não sabia atirar. Ia a todas as aulas, tirava ótimas notas. Foi um choque quando ele foi preso e então ficou muito nítida a ideia entre os estudantes que qualquer um poderia ser preso.”

Acesse a reportagem completa